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domingo, 10 de fevereiro de 2008

Serra Vermelha - Piauí - Brasil - A maravilha verde do sertão. Mais um patrimônio da humanidade que está sendo ridiculamente queimado.


Serra vermelha - onde fica - sul do Piauí




78 mil hectares de florestas de Mata Atlântica, Caatinga e Cerrado estão virando carvão no Sul do Piauí. Ajude a salvar esse patrimônio brasileiro! Diga não ao projeto ENERGIA VERDE pelo tel: 0800 618080 ou escreva para: linhaverde.sede@ibama.gov.br

Do site do Globo Repórter

Nas encostas da serra, o lugar da mata virgem já tem pasto. Os criadores de gado e plantadores de soja estão retirando a floresta. Embaixo do desfiladeiro, o desmatamento é evidente. A vegetação foi arrancada abrindo espaço para o gado e para a plantação de soja. São flagrantes da devastação, agressão à natureza e benefício de atividades comerciais..
Uma estrada vai cortando a mata em linha reta por mais de 60 quilômetros. Em 20 minutos sobrevoando a Serra Vermelha é encontrada uma área desmatada do tamanho de uma pista de pouso de aviões. De repente, fumaça – sinal de fogo! A floresta está sendo queimada.

Uma fileira de 300 fornos em plena atividade na terra encharcada pela chuva. E, mais adiante, montes de madeira que vão virar carvão. Os caminhões saem carregados. Diante de tantas evidências, resolvemos apurar a origem do desmatamento. E foi assim que descobrimos o que estão fazendo com a floresta virgem da Serra Vermelha.
Voltamos de carro pela estrada barrenta e escorregadia. Cruzamos com caminhões cheios de carvão. Nossa equipe levou mais de uma hora dentro da área do projeto para alcançar os fornos. Ao lado deles estavam os alojamentos dos empregados, que dormem em containers. e o fogo queimando as árvores da caatinga, ofuscando o brilho do sol.
Uma ironia com a natureza. O projeto que desmata e transforma a floresta em carvão tem o nome de Energia Verde e está aprovado pelo Ibama, o órgão responsável pela fiscalização dos crimes contra o meio ambiente.
O que o Ibama vai dizer, então, para um pequeno produtor que queima uma roça para plantar, uma vez que ele está permitindo que desmatem uma área de 114 mil hectares?
"Essa área que está sendo desmatada vai ficar para regeneração, o que não acontece em áreas de agricultura, que são uma vez desmatadas e continuamente cultivadas", justifica o analista ambiental do Ibama em Brasília, Alexandre Sampaio.
Quando perguntado se pode queimar a floresta para fazer carvão, o analista responde: "Você está me apertando".
Há divergência sobre a aprovação do projeto dentro do próprio Ibama.
"Eu, particularmente, trabalho com a conservação e preservação, e não concordo com isso. Por conta de que o ecossistema da caatinga é um bioma que só existe no Brasil. Essas áreas são os últimos remanescentes de caatinga nativa que existem no país. Eu considero que essa área da catinga tinha que ser preservada", afirma Eugênia de Medeiros, analista ambiental do Ibama do Piauí.
O corte da motosserra não é a morte da árvore neste projeto? Isto não é desmatamento? Quem responde é o engenheiro florestal do projeto, Eliseu Corsato: "Mas não é desmatamento. Isso é plano de manejo florestal sustentável. Você é que está pensando em desmatamento de correntão. Não é", assegura.
A diferença é que não é de correntão, é de motosserra...
"Você não está arrancando toco", explica o engenheiro.
O engenheiro ficou de mostrar os tocos, mas a equipe explorou os arredores e foi para o meio da floresta e não encontrou tocos florando.
"Isso aqui tem três meses de corte", alega o engenheiro Corsato.
Outro engenheiro florestal do projeto, Geraldo Leal Jr, leva nossa equipe a uma outra parte da floresta que está renascendo.
"Vocês podem observar que (o toco) está acima de dois metros", mostra Geraldo Leal Jr.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Tapaculo-da-chapada-diamantina (Scytalopus diamantinensis) nova espécie no Brasil

A Revista Brasileira de Ornitologia de junho 2007 (volume 15 número 2) apresenta a descrição de mais uma ave brasileira. Trata-se de um tapaculo (scytalopus) endêmico da Chapada Diamantina - Bahia.

Segundo o CBRO (Comite brasileiro de registros ornitológicos) agora no Brasil temos 1801 espécies registradas.

Os tapaculos são aparentados dos macuquinhos, todos da família Rhinocryptidae. São avezinhas pequenas, 10 cm, que vivem geralmente nas serras do interior do Brasil.

Scytalopus diamantinensis em Ibicoara-Bahia. Foto de R. Belmonte-Lopes.