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sábado, 30 de junho de 2007

Nova espécie de ave brasileira - Papa-formigas-do-sincorá - Formicivora grantsaui

Deu na Revista Atualidades Ornitógicas nº 136: uma nova espécie de ave brasileira foi descrita. É a formicivora grantsaui, apelidada de papa-formigas-do-sincorá, em referência ao local em que foi encontrada, a Serra do Sincorá, na Chapada Diamantina. O nome científico homenageia o ornitólogo Rolf Grantsau.
Foto: Formicivora grantsaui - Acima - macho; abaixo - fêmea. Fotos: Sidnei Sampaio. (fonte: atualidades ornitológicas)

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Pássaro sorridente (Clytoctantes alixii) fotografado pela primeira vez

Notícia publicada no O Eco pelo jornalista Eric Macedo.

Depois de 40 anos de sumiço, o pássaro Clytoctantes alixii, morador das florestas venezuelanas e colombianas, foi fotografado pela primeira vez na história. Desde 1965 ele não era avistado e recentemente foi reencontrado nos dois países. O bico da ave tem uma curvatura peculiar, que faz com que ela pareça estar sorrindo constantemente. O fato levou a National Geographic, que publicou em seu site a fotografia, a compará-la à Monalisa do mundo dos pássaros.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Tucanuçus trocando idéias

Aproveitando a publicação das fotos de um tucanuçu no fotoblog Surucuá, publico a seguir um pequeno vídeo que gravei no Pantanal, de 4 Tucanuçus trocando idéias. É interessante para conhecer o estranho som que os tucanos emitem.

Para completar a postagem recomendo o acesso ao Blog Pássaros e Fotos que mostra uma das fotos mais interessantes de tucanuçus que já vi. Vale a pena

sábado, 16 de junho de 2007

Aves da Mata Atlântica

Finalmente comprei o livro de fotografias do Edson Endrigo, Aves da Mata Atlântica.

Muito bom, impecável, livro de mesa para todo passarinheiro. Não é um livro de referências, que além das fotos fornece descrições e outros dados, é um livro de fotografias. Cada foto é uma obra de arte, da natureza e do fotógrafo. Como é um livro em formato paisagem os enquadramentos estão muito bem feitos, e com muita riqueza de detalhes dos ambientes onde foram registradas as aves. Gosto muito das fotos em que além da ave é possível ver o ambiente em que ela se encontra. Acho que dá mais a sensação da avistagem ao ar livre, te transporta para o momento e o local.
Como fazer listas é coisa que humanos adoram, fiz a minha lista das 5 fotos que mais gostei. São elas:
1. Surucuá-de-peito-azul (página 58). Muito suspeito eu escolher um surucuá como número 1.
2. Araçari-banana (página 66). A luz no araçari e as bromélias, 10.
3. Não-pode-parar (philoscartes paulista) (página 128). nunca tinha ouvido falar
4. Corocochó (página 148)
5. Saí-azul (página 196)

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Nova espécie de ave descoberta no Brasil

A revista Terra da Gente deste mês (junho/07) traz uma pequena notícia sobre a descoberta de uma nova espécie de pássaro no Brasil. Acredita-se que ainda existam muitas espécies a serem descobertas, principalmente na amazônia, porém, a nova ave foi descoberta por incrível que pareça em Piracicaba, interior de São Paulo. O responsável pela descoberta, ou pelo menos pela sua divulgação, é o cardeal da ornitologia Johan Dalgas Frisch.

A espécie foi denominada de pipira-de-cauda-branca.

Ainda não foi oficialmente descrita, porque Dalgas recusou-se a capturar e matar a ave, preferiu apenas filmar e fotografar. Segundo a nota o nome científico sugerido é Ramphocelus ciropalbicaudatus, em homenagem ao jornalista Ciro Porto da Rede Globo e EPTV e editor da Terra da Gente.

Tentei achar na internet mais informações sobre a descoberta, e alguma foto ou vídeos da nova pipira, mas não consegui achar nada. Quando achar publico por aqui.

domingo, 10 de junho de 2007

Voando alto

Leiam reportagem de "O Eco" sobre o que rolou no Avistar 2007 - II Encontro Brasileiro de Observação de Aves.
Uma informação bem interessante divulgada numa das palestras:
A América do Sul é a primeira em diversidade avifaunística do mundo, com 3.344 espécies. A África fica em segundo lugar com 2.468 espécies e a Europa em último, com 1.047.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

No tempo em que Itatiaia era velho

Reproduzo a seguir mais um bom artigo do jornalista Marcos Sá Corrêa, editor do site O Eco, publicado no Estadão de 30/05/07.

É um artigo especial sobre o mais antigo Parque Nacional do Brasil. Talvez seja, além do mais antigo, um dos mais maltratados. Mas, apesar disso, continua sendo um lugar maravilhoso que vale a visita.

No tempo em que Itatiaia era velho

Marcos Sá Corrêa*

É uma pena Itatiaia não ganhar, de aniversário, um álbum como o do pianista Robert Donati. O parque nacional faz 70 anos em 14 de junho. Foi o primeiro do Brasil. Mas já encontrou lá por cima esse berlinense, que escapara da Alemanha na diáspora da 1ª Guerra Mundial, morara em Amsterdã, Londres, Buenos Aires e Rio, subira a serra em 1928 para uma temporada de férias em pensão modesta e abrira em 1931 o hotel que fincou para sempre raízes na Mantiqueira.Dali para a frente, até morrer sem arredar o pé dali há quase 40 anos, ele fez parte da montanha, como as árvores exóticas que a mata foi engolindo, sem extirpar. Sua presença marcou as memórias de forasteiros como os botânicos americanos Racine e Mulford Foster, que se espantaram, na década de 1940, ao encontrar naqueles cafundós um hoteleiro trajando “calções alpinos” e “chapéu tropical”, saudando-os “num inglês sem o menor sotaque”, porque “era capaz de manter conversa em quatro ou cinco línguas diferentes ao mesmo tempo”.Em 1932, ele figurara nas cartas que o hóspede Vinicius de Moraes mandava à família, falando do “alemão cosmopolita”, “apreciador da música” e “dono de uma discoteca que é uma maravilha”, depois de ouvir “Wagner, Bach, Haendel, Chopin, Korsakoff” na vitrola que Donati ligava uma hora por dia, à custa de um gerador movido a água de córrego. “A música tem aqui neste silêncio uma significação que não pode ter aí na cidade”, escreveu Vinicius. Com ela e os “sabiás discutindo perto”, dava “vontade de fazer uma poesia que preste”.Quem não escreveu sobre Donati, pintou-o, como Alberto da Veiga Guignard, que nasceu em Nova Friburgo, na serra fluminense, morreu nas montanhas de Belo Horizonte e, enquanto viveu em Itatiaia, como convidado de Donati, bateu suas encostas com fôlego de andarilho. Trinta e tantos anos atrás, o hotel ainda era decorado com flores e cenários da região, assinados por Guignard.Seus óleos serviam como atestados de que, num parque nacional, o tempo pode andar para trás. Itatiaia estava marcada, na época de Guignard, por cicatrizes recentes de seu passado agrícola. Eram recordações da Fazenda Mont-Serrat, que o governo comprara em 1908 do comendador Henrique Irineu Evangelista de Souza. O parque nasceu velho. A mata, de lá para cá, remoçou-o a ponto de torná-lo irreconhecível.Donati, por exemplo, construiu seu hotel num pasto limpo. O governo, seis anos depois, ergueu o museu regional da fauna e da flora, desenhado pelo arquiteto Alberto Murgel no Estado Novo para ser modelo de prédio público em unidades de conservação, num ninho de plantas rasteiras, entre morros encrespados pelo samambaião agreste, onde se contavam nos dedos as árvores tentando retomar os terrenos roçados. As trilhas se percorriam a cavalo. A ponte do Maromba, ancorada entre duas rochas, ficava na sombra rala de dois arbustos.Tudo isso o mato recuperou. Os botânicos que estiveram ali na virada do século 20 disseram que a floresta nativa começava para lá dos mil metros de altitude, onde o machado e o fogo não haviam chegado. No século 21, apesar dos pesares, a capoeira maciça, que só os olhos clínicos distinguem à primeira vista da mata primitiva, desce rumo ao Vale do Paraíba.Não há maneira mais convincente de explicar para que serve um parque septuagenário do que a história de seu rejuvenescimento. E, para contá-la, nada mais direto do que uma exposição de velhas fotografias de antigos moradores, como Donati, mostrando, preto no branco, o que aconteceu lá dentro, enquanto o País se distraía com suas políticas ambientais. São fotos que viram poucas vezes a luz do dia em quatro décadas. E, como não foram convidadas para a festa, ainda não será desta vez que alguém as verá na programação oficial do aniversário.
* É jornalista e editor do site O Eco

(as fotos fui eu que tirei mesmo, no começo de maio no Parna do Itatiaia).

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Saí-azul fêmea (Dacnis cayana)

Há uns dias atrás publiquei uma foto bem ruizinha no Surucuá fotoblog, de um pássaro que eu na minha ignorância de iniciante ainda não conhecia. A foto é esta aí abaixo.
Consultando referências me pareceu uma fêmea de saí-azul. Até hoje, infelizmente, ainda não vi ao vivo um saí-azul. Para tentar dirimir dúvidas procurei pelo oráculo universal, o Google, imagens da fêmea de saí-azul e encontrei algumas belíssimas fotos desse belo pássaro, que parece que é bastante comum em alguns lugares, como o litoral do Rio de Janeiro, por exemplo.

Saí-azul macho (foto de Luis Florit)
Saí-azul fêmea (fotos de Luis Florit)

Depois de ver as fotos não há mais dúvidas o pássaro que eu vi, mais ou menos, é mesmo uma fêmea de saí-azul.

Não é nada fácil ser um observador de aves paulistano, a gente se esforça, qualquer coisa voando a gente olha, mas infelizmente a espécie mais abundante por aqui hoje em dia é um tal de helicóptero.